segunda-feira, 28 de novembro de 2011
As armadilhas jurídicas do "Viver sem Limites
De uns tempos para cá tomou fôlego um movimento – respaldado por convenções da ONU e outros documentos internacionais – que defende a inclusão desses alunos na rede escolar convencional e o direito à dupla matrícula – isto é, a ter acesso às classes comuns e a ambientes especializados, esses últimos em escolas especiais, quando não for possível na própria escola comum.
A lógica é simples: quem tem deficiência não pode ser tratado como uma pessoa "que superou dificuldades", pois aí estão implícitas barreiras que não deveriam existir. Ele tem direito a receber tratamento diferenciado, mas sem exclusão. Se puder acompanhar a escola convencional sem nenhum tipo de apoio extra, muito bom. Se não puder, ainda assim, que possa cursar, além da escola tradicional, uma escola especializada, mas sem ficar excluído dos ambientes comuns.
Nos últimos anos esse conceito permitiu avanços enormes, inclusive verbas adicionais do Fundeb às escolas da rede pública que adotassem medidas de inclusão educacional. Foi quando o MEC reconheceu o direito à dupla matrícula – na escola tradicional e na escola especial.
Mas criou-se uma enorme disputa com as APAEs, que pretendiam ter a exclusividade do atendimento de pessoas com deficiência e receber a dupla matrícula.
Essa disputa se deu também no âmbito do "Viver Sem Limites", lançado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff. O MEC defendia a dupla matrícula na rede pública e na escola especializada; a Casa Civil, a dupla matrícula apenas nas escolas especializadas.
Dilma foi convencida por Fernando Haddad, Ministro da Educação, de que as normas da ONU indicavam como mais efetivo a matrícula separada. E optou por esse caminho.
Ocorre que, na hora da redação do decreto, optou-se por um formato jurídico que, na prática, pode comprometer todos os esforços em prol da inclusão das pessoas com deficiência. Ou seja, a lei redigida na Casa Civil aparentemente não seguiu o espírito da recomendação emanada da Presidência da República.
É este o alerta do artigo da procuradora Eugênia Augusta Gonzaga, uma das especialistas no tema.
Alunos com deficiência e o recente decreto presidencial 7.611: um retrocesso a ser corrigido
Eugênia Augusta Gonzaga*
O Decreto 7.611/11 foi assinado em 17.11.2011, em um evento emocionante, juntamente com outros 03 decretos relacionados aos direitos das pessoas com deficiência. Eles fazem parte do plano "Viver sem Limites" anunciado na solenidade.
O plano contém diretrizes para a promoção dos direitos das pessoas com deficiência, mencionando políticas de inclusão educacional e social, em cumprimento à Convenção da Organização das Nações Unidas – ONU - sobre os mesmos direitos. Essa Convenção foi ratificada e aprovada pelo Brasil com força de emenda constitucional, sendo que o país está obrigado a enviar relatórios periódicos ao respectivo Comitê de acompanhamento. O "Viver sem Limites" será, com certeza, o cerne do próximo relatório brasileiro.
No papel o plano é muito bom e conta com verbas bastante significativas. Se bem executado, representará um impulso efetivo no acesso dessa enorme parcela da população a serviços de educação, saúde, habilitação, reabilitação, informação, lazer, cultura, entre outros direitos humanos e sociais.
Especificamente em relação ao Decreto 7.611, no entanto, não é possível dizer o mesmo. Sua redação já representa um retrocesso. Ele revogou o Decreto 6.571, de 17.09.2008, que tratava do "atendimento educacional especializado" numa perspectiva de apoio e complemento aos serviços de educação inclusiva, sem deixar válvulas para a manutenção do ensino exclusivamente segregado de crianças e adolescentes com deficiência.
A ênfase acima ao "exclusivamente" é para que fique claro que não há nada contra o ensino especializado historicamente oferecido por instituições filantrópicas, como Apaes e outras. Esse ensino é importante, mas não deve ser o único ambiente educacional ao qual os alunos com deficiência devem ter acesso. Eles têm, também, o direito inalienável de estudarem em ambientes escolares comuns. Essa é a inovação chancelada pela Convenção da ONU quando, entre outros princípios, afirma, em seu artigo 24, que "os Estados Partes assegurarão um sistema educacional inclusivo em todos os níveis" e enfatiza o direito de "acesso ao ensino primário inclusivo" (item 2, alínea "b").
Pois bem, o novo decreto, ao contrário do 6.571 – revogado - , afasta-se dessa linha porque contém o grave erro de colocar a chamada educação especial como algo à parte e até mais amplo que o atendimento educacional especializado – AEE. A diferença entre os dois institutos é a seguinte: a Constituição Federal de 1988 fala apenas em AEE, rompendo com a educação especial tal como era antes da CF/88, ou seja, ensino destinado a pessoas com deficiência, independentemente da idade do aluno e da frequência concomitante a uma escola comum.
A redação do Decreto 7.611 também fere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN - pois esta fala apenas em educação especial, mas a define como AEE. Logo, interpretada em conjunto com a CF, onde está escrito "educação especial" na LDBEN, leia-se AEE.
No Decreto 7.611 não é possível fazer essa mesma leitura porque ele coloca os dois institutos em paralelo, o que nem a CF e nem a LDBEN fizeram. Colocar os dois institutos em paralelo pode ser uma sinalização de que se voltou a admitir a educação especial tal como era antes da CF/88. Seria um retrocesso e uma ofensa à Convenção.
É grave, mas ainda é possível tratar essa questão apenas como uma problemática de redação, que pode vir a ser corrigida.
Por outro lado, os artigos do 7.611, que parecem alterar os artigos 9 e 14, do Decreto 6.253/07 (que cuida do Fundeb) e, por isso, estão preocupando as pessoas que defendem a inclusão educacional, não são novidade e nem se pode falar em retrocesso em relação a eles. Essa alteração é de 2008, apenas foi repetida no novo decreto. A única mudança é que o texto do artigo 14, do Decreto do Fundeb, foi transcrito integralmente no Decreto 7.611, que agora é o que regulamenta as políticas educacionais para pessoas com deficiência. Provavelmente para não deixar dúvidas de que as filantrópicas podem receber a verba destinada à escolarização básica pública e não apenas a verba do AEE.
Essa forma de financiamento ainda é uma abertura para a manutenção do ensino especial e exclusivo, mas a tendência nesse período de transição – ensino segregado para ensino inclusivo - é que cada vez mais esse tipo de verba seja paga apenas nos casos em que os alunos destinatários não estejam compreendidos na faixa etária de escolarização obrigatória (ao menos dos 5 aos 14 anos).
Portanto, faz-se necessária apenas uma revisão na redação do Decreto 7.611, com vistas a se buscar uma conformidade do seu texto à LDBEN, à CF e à Convenção da ONU. É possível que o Ministério da Educação e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República já estejam trabalhando nisso porque o novo governo não pode ficar vulnerável nesse ponto crucial em seu próximo relatório à ONU.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Caso Gisele
Nem despolitização, nem desigualdade: o que vender na propaganda?
Alguns comentários a cerca da polêmica Gisele Bundchen e os comerciais de televisão são de uma ingenuidade questionável pelo nível de despolitização que reproduziram. Quando se afirma que esta discussão é perda de tempo frente a tantos problemas enfrentados pela sociedade brasileira, tem-se a exata medida da ignorância sobre o conteúdo político de conseqüências econômicas e sociais desastrosas para o Brasil e para a humanidade. Erradicar as desigualdades sociais é um objetivo juridicamente estabelecido na Constituição de 1988. A desigualdade de gênero, alimentada e reproduzida acriticamente pelo fetichismo de mercado é uma preocupação das Nações Unidas, estabelecida na meta três do milênio. Depois do enfrentamento da fome e da baixa escolaridade, empoderar as mulheres, é o principal objetivo da ONU. A preocupação justifica-se porque depois de seis mil anos de dominação explicada pela força, ou seja, no plano da natureza; pesquisas e estudos acadêmicos passaram a indicar que para além da diferença física, a desigualdade entre homens e mulheres se estabelece pela razão, no plano da cultura. Justamente no campo da propaganda, da atribuição de valor, que sendo desigual, promove o estabelecimento de relações hierarquizadas. Será tão difícil reconhecer a dimensão política da publicidade na conformação de valores, na transformação de desejos em necessidades? Ou será tão fácil desprezar o conteúdo político suposto na premissa de que para não serem castigadas, ou para convencer os homens, as mulheres devem abandonar o argumento e oferecer seu corpo, incitando a desumanização de ambos em sua condição de seres livres porque pensantes? Será, ainda, tão difícil perceber que o passo seguinte na reprodução dos papéis é a naturalização da violência, necessária para manter o lugar da não razão e a imposição de quem, afinal de contas, manda no pedaço? A violência é responsável por gastos milionários do erário público. Entre custos de saúde, polícia e judiciário, licenças e faltas no trabalho, o Banco Interamericano de Desenvolvimento estima em 10% a diminuição do PIB, no Brasil. Pesquisa recente divulgada pelo IBOPE aponta que a cada 24 segundos uma mulher é espancada. As mulheres brasileiras recebem cerca de 30% a menos que homens para ocupar a mesma função; sem falar nas mulheres negras, que ao acumular o dês-valor atribuído a sua condição étnica, recebem quase quatro vezes menos do que os homens brancos. Então, quando acusam de não ter bom humor aos que questionaram os comerciais, eu me pergunto: como é que em pleno século XXI se estimula como diversão ver as mulheres infantilizadas, vendendo-se aos homens para não serem repreendidas ou castigadas? Penso que já passa da hora das agências de publicidade assumirem compromisso com os marcos regulatórios eleitos pela sociedade brasileira e comunidade internacional e, assim, com novos parâmetros sobre o bom humor. Rir sem saber porque, ou pela desgraça alheia não é garantia de ”felicidade sustentável”.
Virgínia Feix- professora universitária, mestre em Direito, coordenadora da Cátedra de Gênero do Centro Universitário Metodista do IPA
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Curso de Extensão: COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA E ALTERNATIVA
Objetivo: Aprofundar os conhecimentos do profissional da área da sáude e da educação na área da comunicação aumentativa e alternativa, no que diz respeito aos tipos de representações e de recursos, critérios de indicação e reflexos sobre o impacto das diferentes abordagens na qualidade de vida do usuário.
Ministrantes: Terapeuta Ocupacional Cláudia Scolari, Fonoaudióloga Carla Cesa e Fonoaudióloga Viviane Pasqualetto.
Carga Horária: 32 horas
Vagas: 40 (A atividade só ocorrerá caso o número mínimo de vagas seja preenchido - 20)
Datas do curso: 16 de setembro a 01 de outubro de 2011.
Horário: Sextas - 18h às 22h / Sábados - 08h às 12h e das 12h às 17h.
Local: Sextas - Sala C 306 / Sábados - Sala C 106 - Unidade Central
Período de inscrição : 16.06 a 12.09
Valor da Taxa de Inscrição: R$ 20,00
Valor do Curso: R$ 120,00 (Este valor poderá ser pago em até 02 x no cartão de crédito no Setor Financeiro do IPA, somente após a confirmação da atividade.
Inscrições no site: www.metodistadosul.edu.br/extensao
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Setembro Azul - 9 setembro de 2011
Hoje acontece uma manifestação nacional em defesa das escolas bilíngues para surdos conforme decidido no PNE, Plano Nacional de Educação.
Vários debates acontecerão no país e Porto Alegre não está fora disto.
Hoje à tarde, dia 09 de setembro, das 14 ás 18 horas na Câmara Municipal de Vereadores acontecerá uma manifestação da comunidade surda Gaúcha.
Fiquem atento a esta situação!
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Lançamento do Livro Políticas Públicas: gerenciando riscos e governando as diferenças
A intérprete de língua de sinais do Centro Universitário Metodista do IPA, Ângela Russo esteve acompanhando o evento, conhecendo as diversas autoras e seus trabalhos de pesquisas retratadas no livro.
Foi um momento rico de trocas entre os estudiosos da área de surdez e a presença da nossa instituição foi fundamental.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Projeto Lei de Criação da Secção 5 no Código Municipal de Saúde
Mais uma conquista.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Seminário de Politicas Públicas para as Pessoas com Deficiência
Seminário de Politicas Públicas para as Pessoas com Deficiência
Centro de Referência em Reabilitação/Habilitação
PROGRAMAÇÃO
Data 6 de julho de 2011
8:00 às 8hs30mins - Credenciamento e Inscrições
8hs30mins - Abertura
Presidente da Assembléia Legislativa Dep. Adão Villaverde
Secretário Estadual da Saúde Dep. Dr. Ciro Simoni
Secretário Municipal da Saúde Dr. Carlos Casartelli
Representante dos Usuários Valter Castilhos
Presidente do CREFITO Dr. Alexandre Doval da Costa
CREFONO Nádia Maria Lima e Silva
CRESS Miriam Dias
CRN Carmen Franco
9hs00 às 10hs30mins - Politícas Públicas para as Pessoas Com Deficiência
Palestra Drª Érika Pisaneschi do Ministério da Saúde
10hs45mins - Inclusão da Pessoa Com Deficiência no Mercado de Trabalho
Coordenador do Fórum Sindical de Saúde do Trabalhador Alfredo Gonçalves
Drº Francesco Conti Promotor de Justiça dos Direitos Humanos e Cidadânia
Intervalo p/ almoço
13hs30mins - O Papel Institucional das Universidades no Centro de Referência em Reabilitação/ Habilitação
Profª Vera Rocha da UFRGS
Luís Henrique Teles da Rosa da UFCSPA
14hs30min - Atendimento em Média e Alta Complexidade
Direção do Hospital São José de Giruá Dr. Amarildo Dallago / CREFITO;CREFONO; CRESS e, CRN
15hs45mins às 17hs30mins - Centro de Referência em Reabilitação / Habilitação é possível ?Ministério da Saúde Drª Érika Pisaneschi
Previdência Social Drª Eliane Schmidt, Drº Alexandre Doval
Usuário Valter Castilhos
17hs30mins - Encerramento.
* haverá debates em todas mesas redondas
Contato: valtinhosequelado@gmail.com
NVDA nos computadores do IPA
O software é direcionado principalmente aos acadêmicos, professores e colaboradores cegos, já que o mesmo faz a leitura oral dos textos, sites, entre outros.
Segue abaixo a relação dos laboratórios que foram instalados o software.
Biblioteca do IPA;
Biblioteca da Unidade DC Navegantes;
Laboratório de Informática IGLU - Unidade Colégio Americano;
Laboratórios 219, 234 e 236 da Unidade DC Navegantes;
Laboratórios de Informática do Prédio C - IPA (001, 003, 005 e 105).
Mais informações contate a equipe da Sala de Recursos pelo fone: 3316-1229
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Atenção à Saúde dos PCDs
Desmembrar o projeto de lei que incluí um capítulo especial no Código Municipal de Saúde da capital (Lei Complementar 395/96), denominada “Da Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência”, foi o encaminhamento dado na manhã desta terça-feira (17/5), na reunião realizada entre a presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadora Sofia Cavedon (PT); o secretário adjunto da Saúde do Município, Marcelo Bosio; Valter Castilhos, que iniciou o Movimento, e Marlene Danesi, presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia.
O projeto de lei, desarquivado por Sofia Cavedon já esteve na Ordem do Dia em duas sessões plenárias da Câmara, tendo sido solicitado pela vereadora o adiamento de sua votação, pois o Executivo Municipal não havia manifestado a sua posição.
No encontro de hoje ficou estabelecido o desmembramento do projeto, com o Grupo de Trabalho (GT) envolvido no processo ficando responsável pela proposta conceitual, regulamentando a atenção aos PCDs no Código Municipal de Saúde, a ser apresentada através de um projeto substitutivo. O Executivo Municipal, através da Secretaria de Saúde, assumiu o compromisso de apresentar projeto de lei que ampare os custos, estrutura e ações da proposta.
Sofia explica que a ação conjunta tem como objetivo viabilizar a aprovação da inclusão do capítulo especial na Seção IV do Código Municipal de Saúde. “O projeto como estava poderia ser rejeitado na votação, pois apresentava vicio de origem, com a Câmara indicando dotações orçamentárias e criando estruturas, o que não é possível”, informou a vereadora.
Construído coletivamente com inúmeras entidades que atuam na área, a proposta estabelece uma orientação para o atendimento da pessoa com deficiência. Sofia lembra que o projeto começou a ser construído em 2008 com os debates envolvendo a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), coordenada pelo então vereador Guilherme Barbosa (PT), e a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), que tinha a ex-vereadora Neusa Canabarro (PDT) como interlocutora.
Entre as principais propostas estão: a operacionalização da política municipal de atenção à saúde das Pessoas com Deficiência (PCDs); a promoção da qualidade de vida; assistência integral à saúde; prevenção de deficiências; intervenção precoce.
A próxima reunião para debater os dois projetos está marcada para o dia 24 de maio (terça-feira), às 11h, no auditório da SMS (Avenida João Pessoa, 325).
Aprovado o projeto do deputado Miki Breier que reserva habitação para portadores de deficiência
Com a unanimidade dos votos, os deputados gaúchos aprovaram nesta terça-feira, dia 17 de maio, o projeto de lei 262 /2007 do deputado Miki Breier (PSB) que reserva unidades habitacionais para as pessoas portadoras de deficiências.
De acordo com a matéria, todas as habitações populares ou na distribuição de lotes individuais promovidos pelo Estado, devem estar asseguradas 10% do total de unidades para o benefício de pessoas portadoras de deficiências.
O deputado Miki Breier salienta que a medida resgata um passivo na elaboração de políticas públicas que atendam aos deficientes. “Entendemos que o direito a moradia, que é assegurado de forma constitucional no Brasil, deve ser facilitado para quem vive com dificuldades de trabalho, estudo e, principalmente, de oportunidades iguais”, assinala.
Miki Breier lembra ainda que, na maioria dos programas de moradia, a procura é muito maior do que a quantidade de unidades ou lotes oferecidos. E, não raro, o sorteio é o critério de distribuição após os candidatos terem preenchido as exigências de aquisição. “Portanto, é justo que, na contemplação de um imóvel público o cidadão com deficiência tenha a garantia de que a sua condição será respeitada através da reserva das unidades”, entende.
O projeto estabelece que para ser contemplado o beneficiário deve apresentar laudo médico reconhecendo a condição de portador deficiência; ser residente e domiciliado no Estado há pelo menos dois anos; não ter posse, propriedade ou sociedade em outro imóvel urbano ou rural; e estar enquadrado nos critérios de avaliação sócio-econômica ao qual se destina o programa habitacional.cursos de qualificação de Pessoas com Deficiência
A FGTAS/SINE da Rua José Montaury, nº 31, está recebendo inscrições para os cursos a serem ministrados pela Aldeia Brasil na FACTUM, localizado na Marechal Floriano, 185- 4º andar Centro Porto Alegre, para Pessoas Portadoras de Deficiência, que sejam alfabetizadas, e a partir de 16 anos, exceto o curso de Porteiro e Vigia que requer 18 anos, os participantes receberão material didático, vales transportes, lanches e os cursos são gratuitos:
Os cursos serão os seguintes:
Informática; Jardineiro; Operador de Telemarketing; Porteiro e Vigia; Recepcionista; Telefonista; Almoxarife e Tecnicas de Vendas.
Conforme contato com a empresa gestora dos cursos Fone: 30516666 e 30591566, haverá acessibilidade para cadeirantes, interpretes de sinais para surdos, material adaptado para cegos e os candidatos para o curso de Jardineiro não se exige escolaridade.
terça-feira, 17 de maio de 2011
Atenção à Saúde dos PCDs
O projeto de lei, desarquivado por Sofia Cavedon já esteve na Ordem do Dia em duas sessões plenárias da Câmara, tendo sido solicitado pela vereadora o adiamento de sua votação, pois o Executivo Municipal não havia manifestado a sua posição.
No encontro de hoje ficou estabelecido o desmembramento do projeto, com o Grupo de Trabalho (GT) envolvido no processo ficando responsável pela proposta conceitual, regulamentando a atenção aos PCDs no Código Municipal de Saúde, a ser apresentada através de um projeto substitutivo. O Executivo Municipal, através da Secretaria de Saúde, assumiu o compromisso de apresentar projeto de lei que ampare os custos, estrutura e ações da proposta.
Sofia explica que a ação conjunta tem como objetivo viabilizar a aprovação da inclusão do capítulo especial na Seção IV do Código Municipal de Saúde. “O projeto como estava poderia ser rejeitado na votação, pois apresentava vicio de origem, com a Câmara indicando dotações orçamentárias e criando estruturas, o que não é possível”, informou a vereadora.
Construído coletivamente com inúmeras entidades que atuam na área, a proposta estabelece uma orientação para o atendimento da pessoa com deficiência. Sofia lembra que o projeto começou a ser construído em 2008 com os debates envolvendo a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), coordenada pelo então vereador Guilherme Barbosa (PT), e a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), que tinha a ex-vereadora Neusa Canabarro (PDT) como interlocutora.
Entre as principais propostas estão: a operacionalização da política municipal de atenção à saúde das Pessoas com Deficiência (PCDs); a promoção da qualidade de vida; assistência integral à saúde; prevenção de deficiências; intervenção precoce.
A próxima reunião para debater os dois projetos está marcada para o dia 24 de maio (terça-feira), às 11h, no auditório da SMS (Avenida João Pessoa, 325).
Porto Alegre, 17 de maio de 2011.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Aula Magna do Curso de Fonoaudiologia
Apareçam!
terça-feira, 22 de março de 2011
Concurso Professor de Libras
Informações no Edital da PROGRAD nº 08 de 10 de MARÇO de 2011
Período de Inscrição: 14 a 25 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Ipa e a reunião da FENEIS
sexta-feira, 18 de março de 2011
Dia do Autismo - 2 de abril
O Autismo é uma síndrome que atinge quase 2 milhões de Brasileiros. Em crianças, o autismo é mais comum que o câncer, AIDS e diabetes.
No mundo, a ONU estima que existam mais de 70 milhões de pessoas com Autismo.
O azul é considerado a cor do Autismo, vista azul e ilumine algo de Azul no dia 2 de abril.
DIA 2 DE ABRL - DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO
World Autism Awareness Day
quinta-feira, 3 de março de 2011
O DISCURSO DO REI E O FONOAUDIOLOGO DO SECULO XXI
Segue para divulgação
O filme o Discurso do Rei merecidamente premiado, por seus méritos cinematográficos , teve mais um mérito , deixar uma categoria orgulhosa . Os fonoaudiólogos ficaram felizes e emocionados pela divulgação ampla de parte do seu trabalho. Pois, na verdade o fazer fonoaudiologico é muito mais abrangente e complexo do que o mostrado na película Em 1981 quando a fonoaudiologia foi reconhecida como profissão, no Brasil , a lei 6965 , falava em área da saúde que atua na prevenção e trata dos distúrbios da comunicação. Entretanto desde lá para cá a Fonoaudiologia cresceu siginificativamente , deixando de ser apenas uma prática , ou técnicas para constituir-se em uma área de conhecimento científico , consolidando cada vez mais o seu campo conceitual e teórico.
Sendo uma das pioneiras da profissão , é claro que me emocionei , como minhas colegas , quando vi o filme e, vibrei ainda mais ao ver as premiações outorgadas ao Discurso do Rei . Mas paralelo a euforia é importante analisar nossa profissão , no contexto atual .
E um dos maiores problemas da sociedade contemporânea é o desprezo pela afetividade .Luiz Carlos Restrepo , autor colombiano , fala em analfabetismo afetivo este abismo que o mundo contemporâneo abriu entre o conhecimento e afetividade .
Considero que entre os muitos desafios do século XXI , um deles é a mudança de paradigmas , que possibilite a transformação desta realidade .
Estamos vivendo em uma época de mundialização , que se por um lado oferece um potencial de crescimento econômico e abre oportunidades aos que tem capacidade competitiva , por outro lado exclui de forma crescente os que não as tem .
Os fonoaudiólogos do século XXI necessitam de coragem para mudar junto com o processo de mudanças que estão acontecendo no mundo Vivemos em um mundo onde não existe lugar para certezas, portanto não podemos evitar as incertezas, pelo contrário é preciso enfrentá-las. O profissional de hoje precisa ter como valores a flexibilidade, a autonomia, e a resilência, que é a capacidade de adaptar-se rapidamente, sem esquecer a afetividade .
O fonoaudiólogo do século XXI precisa ser capaz de viabilizar o uso compartilhado do conhecimento e da informação, e, sobretudo entender que o paciente não busca só o nosso saber, mas principalmente a nossa sensibilidade e a nossa escuta. Finalmente é indispensável que nunca esqueça o incrível poder da palavra, porque assim como ela é capaz de libertar, de devolver o prazer da vida, com a mesma eficiência é capaz de subjugar, de aprisionar e de levar á morte da consciência.
O Fonoaudiólogo do Discurso do Rei, apesar de ser um fonoaudiólogo de dois séculos atrás , de não ter todas as inovações da modernidade , teve o principal : foi capaz de perceber que o paciente buscava sua escuta e sua sensibilidade, foi capaz de juntar sabedoria com afeto e, sobretudo foi mestre em usar a palavra para libertar seu paciente , de lhe devolver o prazer de viver e de reinar efetivamente , podendo expressar ao seu povo seus pensamentos e sentimentos
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Ano Novo, semestre novo...
Estamos retomando nossas atividades e re-lembramos que estão abertas as inscrições para o curso de Libras I e II.
Informações: www.metodistadosul.edu.br/extensao
Defesa de Mestrado - Claudio Mourão Cacau
Caros seguidores do blog da Sala de Recursos.
É com muita satisfação que divulgamos em nosso blog a Defesa de Dissertação de Mestrado do ex aluno do Centro Universitário Metodista - IPA, Claudio Mourão, mais conhecido como Cacau.
Título:
Literatura Surda: Produções Culturais de Surdos em Língua de Sinais.
Dia 01 de março de 2011, às 10 horas, na sala 703, Programa de Pós Graduação de Educação da FACED/UFRGS.
Todos compartilham da alegria do Cacau neste momento.
Hoje é dia...
Hora Certa
Boas Vindas
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Equipe da Sala de Recursos
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- Sala de Recursos
- Somos o setor do Centro Universitário Metodista IPA de Porto Alegre, responsável pelo atendimento especializado aos alunos com deficiência.